Agora, com a demissão, foi morar na rua.
Fome, Frio e Desalento são companhia constante.
Agora, com a demissão, foi morar na rua.
Fome, Frio e Desalento são companhia constante.
Com o grande número de animais abandonados pelas ruas do nosso país, se torna cada vez mais difícil não nos sensibilizarmos e sentirmos vontade de levar um ou outro para casa. A cada esquina, a cada rua, a caba beco, sempre tem uma carinha faminta e sofrida esperando por um milagre e muitas vezes, é difícil resistir. Algumas pessoas então dedicam suas vidas retirando esses animais das ruas, cuidando, vacinando, vermifugando, castrando e doando. São os chamados protetores, que lutam diariamente para dar uma vida melhor e mais digna à milhares de cães e gatos abandonados.
Porém, proteção animal é coisa séria. Exige tempo, seriedade e responsabilidade. Além disso, é preciso ter espaço disponível e arcar com os gastos inerentes aos cuidados com os animais. É preciso ponderação, organização, planejamento. E é aí, exatamente nesse ponto, que muitas pessoas acabam se perdendo, e de protetores passam a colecionadores.
O limite entre proteger e colecionar animais, portanto, é tênue e perigoso. Muitas pessoas agem por impulso, retirando animais das ruas sem antes saber se terão como cuidar deles. Não há planejamento. Pegam um, dois, três e quando menos se espera já estão com 10 ou 20. A desculpa é sempre a mesma: “sempre cabe mais um”. A casa então vira um abrigo de animais abandonados. Muitos cães e gatos juntos, em um espaço inadequado, sem receber alimentação adequada, mal cuidados, sujos e muitas vezes doentes. O dinheiro não chega para tantos animais, o tempo e o espaço também não. Eles não podem ser castrados, e se reproduzem indiscriminadamente aumentando ainda mais o problema. Não podem ser vacinados, vermifugados e consequentemente, não conseguem donos responsáveis.
Podemos ver então como é delicado, quase imperceptível, o limite entre proteger e colecionar. Em função disso, é preciso muita cautela no momento de resgatar um animal, pois quem resgata torna-se responsável por uma mudança, para melhor ou para pior, na vida de ambos. Então se você não tiver certeza absoluta de que será possível arcar com todos os cuidados necessários, não resgate. Ajude de outras formas, apadrinhando, divulgando animais para doação, doando ração, paninhos e roupinhas, visitando abrigos e ONGs, educando para a guarda responsável, doando um pouco de seu tempo livre para brincar com cães e gatos em uma tarde de verão. Existem muitas maneiras de mudar a vida de um animal abandonado. É só escolher a que melhor se adapta às suas condições e pronto. Você poderá fazer um peludinho muito feliz.
Escrito por Silvia Schultz - Médica Veterinária - CRMV - RS 12750 .
Vamos procurar deixar, um pouco, as tristezas de lado.
Vamos colorir a vida lindamente
Cabe, somente, a nós fazer dela um lindo arco-íris.
Elevo as minhas mãos a Ti
Para que me ajudes e me protejas
Derrames sobre mim as suas infinitas bençãos.
E me concedas muita saúde e paz.